Somos estrelas que navegaram solitárias
por céus remotos e longínquos
trazendo amarrado nos pés dores
e guerras que não construímos.
Aves feridas pela vida que,
com arma lacinante nos
abateu, derrubou, cambaleamos
agonizantes à procura de um lugar
que amainasse as chagas
e fosse um ninho
de brandura e ternura,
um sopro de vida
em Nosso Tempo
e Sonhos de Agora.
Mesmo arrastando nossos pés,
carregamos no bico
envelopes sem remetente
(apenas um destino)
de luz e colares de amor no pescoço.
Conquistamos nossa vida com dor
e o vermelho do sangue
nas penas das asas.
Mas conseguimos nos erguer
de nossas misérias,
levantar de nossas
incertezas e desconfianças.
Voltamos a acreditar.
Hoje, escrevemos
Nossa Própria História
e jogamos sementes
para o Amanhã,
para que as futuras
gerações (nosso filho)
possam encontrar
os pedaços de pão
que deixamos no caminho
para apontar a direção
de nosso jardim,
nosso Lar Familiar
de Luz e Paz, que hoje,
um no outro, sendo um,
conseguimos conquistar.