Nossas humanidades
falam do início de cada coisa,
do cotidiano que se ouve aqui ou lá.

Salões e bares - lotados de lindezas
e loucuras que não se calam.
Nos comentários do povo,
coisas sérias, hilariedades
ou mesmo tentativas de avançar
pela porta dos fundos
que se mantém fechada
para caçadores intrusos.
Só o Sol pode entrar
por estas Vigas de Amor.

E quando sua presença se estende
pelo chão da ampla sala,
tudo fica pequeno,
as teclas tremem,
as formas dançam
na retina dos olhos
e as letras se embaralham
- conturbam  a visão -
para depois se jogarem
no diário sobre o tampo da mesa.

Às vezes, há desconexão.
As máquinas param
- como o coração
de uma Branca Lua.
Raios se jogam das alturas
e queimam as engrenagens
que não param de trabalhar.

Mesmo os entraves,
as tentativas superam
as expectativas dos dedos
ao abrir os envelopes da vida.

Amigos Lúdicos dizem:
aqui se fortaleceu
o elo sagrado
que une pra sempre
nosso Grande Amor.