A Casa do Poeta

Quando a vi pela primeira vez

eu naveguei em sua Verdade.

Vi os batentes da porta

manchados de pétalas secas

caídas ao chão, o sobrado

do velho casarão

carregava segredos

que não conseguia ver, só sentir.

Me vi lá! Entrei!

Dela nunca mais saí.

Já tentaram me tirar,

colocaram trancas,

passaram chaves,

cadeados, não importa.

Não vou desistir.

Quero com meu amor,

na casa do Poeta,

pra sempre, morar.

Dançar com o infinito

de seu coração, mãos dadas

na nossa noite de amor.

Onde é?

Fica lá pras bandas do norte,

perto da casa de um barão.

Só é possível chegar

no arrebol do dia,

no Amanhã,

que dorme sem saber que

A Noite é a Casa do Poeta.