O que é perto e some,
não significa que fica longe.
Só se esconde na neblina
ou na chuva de vez em quando.
Por isso, não me acanho com o tempo.
Acompanho suas ondas e o magnetismo
que nos fascina e faz amar Ninguém.
O tempo não fala, mas se faz
é porque disse alguma coisa.
Mesmo que
não consigamos entender.
Ou, aceitar.
E se nos levar
para os confins da Terra,
onde houver amor,
dele - se quisermos -
podemos viver sim.
Pois, se podemos escolher
puxar a cadeira e sentar,
também podemos escolher amar.
Não existe contradição nesta ação.
Apenas decisão.
Não há como falar do amor
sem falar da dor
de descobrir sentimentos,
mas, não precisamos deixar
que chegue ao seu final
onde o doce vira amargo -
isto também
é uma escolha,
ou não -...
E se o amor acabar,
não há como comprar.
Os armazéns estão fechados
para as coisas de amor.
Lá só tem sal grosso
e azeite popular.
Se perguntares a algum sábio
sobre o amor ele te dirá:
Amor? Procura nas flores.
Essas lhe entregam amor
todos os dias
sem honorários.
Se você não aceitar,
não há mesmo como achar.
E aí, o final
do poema da tua vida
que entregas
a cada nove horas do dia
será sempre
o contrário
de seu início...
será o seu Fim.