Existem coisas que precisamos
que alguém nos pegue pela mão
e nos conduza ao lugar
onde queremos
que seus pés cheguem.
Nem todo mundo entende
todas as linguagens.
Nem todas as flores
conhecem todos
os códigos ou senhas
que um dia são assim
e amanhã deixam de ser.
É assim que pontes são cadeadas,
estradas são bloqueadas,
pistas de pouso desaparecem
na neblina da floresta.
Se há alguém que só olha,
só vê a morte das palavras
deveriamos nos perguntar
para que as palavras morrem.
Quem as está matando,
porque palavras são vida,
são a voz de alguém que sussurra,
de alguém que silencia
quando precisaria gritar,
de alguém que chora
quando não sabe mais falar.
Se há alguém que
não mais participa só lê,
deveríamos nos perguntar
por que chegamos
a este ponto da estrada
onde alguém suspira
que o outro esteja dentro dele,
mas o empurra para fora...
Paradoxos da Vida?
Que vida?
A minha?
A tua?
A nossa?
A nossa, eu colei hoje
nos postos de gasolina
deste jardim
e ninguém nem viu.
Que adianta fazer lindas
serenetas na madrugada,
dançar com o silêncio, colher flores
e ofertar todos os dias em amor,
se quem deveria tudo isso receber
se oculta atrás de um pássaro
que finge paz, mas vive em guerra?
De fato há uma verdade
profunda no filho do breu:
você só ouve e não participa,
só olha, só vê... mas finge que não...
É que a realidade
é um carro em alta velocidade
e é difícil ver a estrada
quando só queremos chegar,
sem da vida participar.
Olha pra você Agora...
existe homem mais amado?
Não!
E ele sabe?
Penso que não.
Se soubesse não estaria
só olhando o que já morreu
e lamentando o que ainda não nasceu...
O Tempo, é magnânimo em soletrar
que o ontem já foi
e o amanhã ainda não existe.
Só temos o presente.
Nele vivemos.
Tão fácil de dizer
e tão difícil de compreender.
Viva! Ame! Dance!
Faça isso Hoje!
Amanhã poderá ser tarde
por não existir...
Eu existo!
Você existe!
Nós Existimos!