Também tento ser guerreira
nestes dias de névoa que me cobrem
como fossem um rosário de estrelas
aos pés de um oráculo da tarde.
Vou junto, descobrindo coisas felizes
e asas mágicas e aladas
num canto de início sem fim.
Neste monastério de amor e adoração
sinto as cordas da harpa da vida
me tocando com sua evocação
ao sagrado que guardamos
em nossos sonhos zebendos
em busca da espiritualidade
que está em seu corpo,
que repousa na névoa
que me abraça
solene e aquietada,
em seus silêncios,
em suas liras de adoração
que não escondem
a paixão
e a premente procura.