Queria ser
essa argamassa com cimento
para que venha morar em mim
um pássaro que me embriague
nessa mistura de Ché.
Que me faça entender o amor
que vem numa garrafa
de álcool com café
jogada nas ondas do tempo
para que argamassa e cimento
nunca esqueçam
que a história de um,
se repete no outro,
para que
os escrivães do tempo
possam assistir,
no palco da vida e amor,
a realidade da pedra
e a embriagues da flor.