Não entendo
de argamassa e cimento,
mas de amor,
ah, isso eu entendo.
É o que me permeia,
é o que entrego,
assim, assim,
sem cobranças,
sem honorários,
sem troco fácil
ou perdão
de minhas dívidas
e multas por viver
e não conhecer as regras
de um jogo maneiro
e inteligente que,
se não me surpreende,
é porque já conhecia
o poder da mistura que,
tanto pode construir
muros e paredes,
como pode levantar pontes
para unir dois lados
da beira de um rio
que de longe se veem,
perto estão e precisam
amainar suas ânsias
e clãs de querência
que rebuliçam
em seus corações.