É como se falasse outra língua...
que não se traduz num olhar,
numa passada de olhos.
Entro dentro da tua poesia
e caminho pelas linhas e entrelinhas
até que me toquem...
então eu choro...
quando a palavra cravou
no fundo d'alma
de forma tão cortante
e profunda que dói...
como dói
descobrir sentimentos...
e eu escolhi viver
com essa dor...
que me completa,
que me faz saber
quem sou...
e que me tira pra dançar
com as palavras
sobre as teclas
de um piano que se cala
quando quer falar,
que só olha
quando estou brava,
que me chama de baby
numa noite de sábado
e toca pra mim
a música do Imperador
como se eu fosse
uma rainha,
como se eu fosse
uma linda flor de caminhar
um linda e doce flor de amor...