Eu, de chapéu
e remos nas mãos
atravesso mundos
para te encontrar
e entregar
Frutas Doces
numa Oferenda de Amor,
na manhã.
Em meu barco,
nozes e avelãs,
tâmaras e bananas da terra,
figos, pêssegos
e flores vermelhas
e brancas para o alegrar.
Lindos botões e pétulas
que se abrem,
vibrantes e coloridas,
ao Toque do Olhar
e servem
para lhe acalentar
e aquecer o corpo
num dia que começou
frio e nebuloso,
mergulhado em saudades.
Em meio as
Flores e Especiarias,
o cheiro, de um Vinho Doce
para ser saboreado lentamente,
olhos nos olhos,
Meu Perfume,
amadeirado com
Flores de Cerejeira
e Ameixas de Julho.
Levo, também,
meu Pote Mágico
de Mistérios e Segredos
ainda a serem, por ti,
desvelados, desvendados.
Sigo com meu barco,
levando nas mãos
Fruta Doces para te alimentar
meu canarinho de amor.
Na face, levo as marcas
de meus ancestrais
e colares de contas
aperoladas no pescoço.
Me espere:
eu espero.
Me espere no Cais do Porto,
com seu plano de voo nas mãos,
com abraços e beijos de amar
e um convite pra entrar
em teu quente ninho de acalentar
para, como dois passarinhos canoros,
como um só, celebrar,
nossa Ceia de Amor.