Maria
Prosa e Poesia
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Textos

Também temos calçadas quebradas

e torrões endurecidos nos territórios da alma.

O que fazer? Nem sempre tem

como consertar na hora o corte

que recebemos vestindo a pele do outro.

 

E quando o tempo passa, nos esquecemos

da dor causada ou recebida.

Acho que quando descobrimos

o amor verdadeiro nos assustamos tanto

que a ação que nos parece mais certa

é empurrar para longe, ferir, porque temos medo...

de nos machucar ou ter ferido o nosso próprio coração.

Por isso, reações sem pensar,

fugas e lágrimas intempestivas, profusas...

 

entregar amor só é possível

quando também estamos

dispostos a receber.

 

Com amor podemos sarar todas as feridas

que por acaso ainda surgirem entre nós.

Lembranças que nos machucam

mesmo já estarem longe.

Importante é falar, se entregar

um ao outro se deixar cuidar,

assim, assim, como você

cuidou de mim nestes dias.

Conquistamos a paz.

A nossa paz.

 

Eu quero entregar amor

e aceito receber amor.

Acho que isso é conquistar a paz.

Eu te amo.

Eu também te amo!

 

Mas tem dias nos sentimos assim,

abandonados na beira da estrada

ou mesmo no meio do asfalto.

Esquecem de nos remendar.

Tem a indiferença dos políticos,

tem o descaso do cidadão

que abandona suas causas e lutas.

 

Penso que temos de fechar esse buraco

que já nos causou tanta dor

para que não haja mais obstáculos

para o nosso caminhar.

Vou lá e eu mesma fecho

com minhas próprias mãos.

Chega de chagas e feridas 

em nosso caminho.

 

Nós aprendemos muito com a dor.

Por isso, somos tão fortes.

Podemos ter algum buraco em nossa vida,

podemos cair dentro de um também,

mas sempre vencemos os obstáculos

e passamos por cima do medo.

 

Agora é tempo de ser feliz!

Te amo, tanto, tanto.

Maria
Enviado por Maria em 10/10/2022
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