Tocarei cítaras e violinos para te acordar.
Desenharei corações em teus olhos ... ... ...
Vamos dançar?
Cola teu rosto no meu e vamos rodopiar pela vida
Assim, bem de mansinho pra que eu possa adormecer em ti
Vejo que não mudei.
Os anos passaram e continuo a mesma Maria.
Fico só olhando o que mais me toca.
E continuo a mais tímida das mulheres
para dizer o que de fato quero, sinto, desejo,
assim falando como aqui.
Me enrolo, faço pausas,
Depois, coloco tudo nos textos.
Como se não fosse eu a falar, mas a poetisa.
Sinto medo, sei lá.
Hoje me surpreendi tremendamente
quando cheguei ao final de um texto escrito
na brasa dos sentimentos,
como se fosse eu a música ou o instrumento...
e quando cheguei ao seu final
e percebi o que fato o texto dizia
e o que eu, verdadeiramente,
em meu corpo sentia...
céus... achei que precisava de um mar
pra me esconder, tanta timidez...
acho que isso tem muito a ver
com o ser aquela menina com medo
de ser a mulher que de fato é...
ou nem se saber ser,
pela surpresa que eu mesma me fiz...
releio e não acredito que fui eu que escrevi...
e penso que foi você...