Também remoo espaços
a procura de palavras
que me entreguem em linhas
ou em varais de sentimentos.
Quaro meus versos no Sol que aquece
e nem lembro mais que já foste dono
de uma pousada de estrelas.
Bem ou mal, nada é duvidoso,
e decerto me acho
em versos maltrapilhos
ou em linhas tortas.
É onde me vês e onde me achas.
Bebo silêncios e deles recebo o que sente
pois faço essa procura:
busco o Poeta na casa do Sol
e encontro o homem
que roça meu rosto com luas
que me dizem de sua saudade,
em versos que, por meio do cálido vento,
deixam a vida me entregar seu amor.