Não entoemos hinos sem amor.
Sejamos guerreiros,
sejamos valentes,
mas se as Torres de Calino
estão a cair, não há mais
como ficarem em pé.
Deixa cair o que tem de cair.
O novo deve viver do novo.
A vida nos ensina
e, muitas vezes,
não aprendemos.
Tudo tem dois lados.
De um lado é assim,
de outro não é.
Também pode ter um lado
que não seja
e outro que seja demais.
Como entender?
Não é necessário entender
para aceitar.
Ou aceitar sem entender.
Uma torre se ergue tijolo a tijolo,
pedra a pedra, mas para cair
basta um tirar ou outros danificar.
O tempo vai roendo também as pedras.
Só há um lugar em que as montanhas
crescem e aumentam de tamanho.
Noutros, elas só diminuem.
É a vida.
Onde aumentam?
Na eternidade de duas vidas.
Por isso, o tempo nos ensinou
que só sobreviveremos
numa eternidade de dois
com um canto
em nossos bicos,
um hino de amor...