Não se é aprendiz da morte.
A morte é morte e quem morreu
é morte também e não aprendiz dela.
Mas há como matar e também
como morrer sem aprender.
Se aprendêssemos não iríamos
por este caminho de morte.
Só que, para que a semente renasça
é preciso a morte passar.
Mesmo não sendo seu aprendiz.
Não precisa feitiçar para saber
que rumo vai tomar quem
fugiu do amor e da multidão.
Se não doeu é porque não há dor.
E se não há dor não há liberdade.
É que dói abrir grades e fechaduras,
assim como dói descobrir sentimentos,
seja de dor ou de amor.
Pule!
Que seja no espaço,
no abismo, no canyon,
mas que seja de um amor forte,
intenso e eterno, para outro forte,
intenso e eterno.
Serão duas eternidades
para viver numa só.
Quem não quer essa eternidade ?
É a luta de dois amores que se encontram,
um derruba o outro, para serem um só.
Para ser um só, dois tem de cair.
Não há eternidade de dois
se cada um puxa para um lado.
Cabo de guerra não se sustenta
num céu de duas eternidades.
Então mude a estratégia.
Se prepare e não estanque mais,
vá em frente, mas não pare.
Na lei serás um infrator,
mas no erro, farás o acerto.
E se for a hora errada dos homens,
não será na do aprendiz.
Ele está aberto para o novo.
E o novo se faz no que os homens
aprendem que é errado.
Mas é o certo!
Acerte!