És a água, a reza e a própria celebração
que macera apanágios
e corre pelos montes até encontrar
seu brilho e pureza
no meu espelho de amor e paixão.
Também sou vida por sua causa.
E se fui posta à prova de fogo,
sou andante de brasas
e de um rei que, lustroso e cristalino,
que exulta sua alegria
em minha alma de mulher-menina.
És a procura, a ânsia e a água
e do que dela vem.
Bebo o amor saudável
que escorre de reinos de celebrantes,
que guarda luzes próximo as pontes
e não se importa com geleiras,
cursos magoados e amores
instáveis e inalcançáveis.
Bebo do amor que é a ânsia da água
e porta de entrada de nosso amor
perolado de sol no espelho
resplandecente numa mesma paisagem
onde se encontram a água e o céu,
numa mesma montanha de luzes.