Artesãs tecem sonhos
num dupioni de seda bordô.
Usam suas próprias mãos, criam sua arte
a partir suas próprias histórias.
Seu trabalho expressa suas identidades
e suas experiências culturais tradicionais.
São milênios que elas desenham
e bordam esse Vestido Vermelho.
Exploram identidade, cultura, tradição.
Por meio do tecido do vestido
e dos bordados sobre ele
impregna-se valor identitário
ao conjunto da obra
cuidadosamente
elaborado e intrincado.
Cada artesã imprime
no vestido a sua marca,
falam de suas fugas, seus refúgios,
das guerras interiores,
das tradições antigas
e lembranças do passado.
Ensinam as bordadeiras
de primeira viagem a amar a sua arte,
a se apaixonar pela beleza de suas mãos,
pelo inusitado de seus riscos e desenhos,
a se entregar de forma forte,
intensa e eterna aos bordados apaixonantes
que fazem com tanta dedicação e amor.