Quando nada mais atrai nossa atenção,
nem os senhores da terra,
nem as senhoras com outras pretensões
é porque descobrimos que
o que pende de um lado ao outro,
sem a si mesmo (seu espelho) encontrar,
faz feridas, torna-se azedo, raso, amargo,
um deserto sem mosteiro e adega de sonhar.
Por isso, enquanto há sonhos de procuras,
de vagar, andarilhar um dia em territórios
em que nunca se foi, mesmo
que não se carregue bandeiras,
há cura e apanágio para
o que arde na adega dos mosteiros
que pendem aos ilhéus.
Não há como subentender essa procura
que deseja cura ao sair de si mesmo
voando em busca da paz que ronda
a floresta de sombras, ao desejo
de ser portátil e não volátil,
condizente e alar de parafina os alados.
Seja andarilho de poucos.
Seja! Andarilho de Si Mesmo!