Não precisa ter
medo da porta fechada,
da casa antiga q
ue hoje é sonho.
Sonhos não matam,
despertam, acordam.
Estendem a mão para
um tapete vermelho
sobre a calçada
e tocam a nuvem
de espuma cremosa,
pele macia e perfumada.
Sonhar assim é
para os privilegiados
entre os deuses
que douram palavras
com o ouro dos melros
como se fossem barro
nas mãos de um oleiro de vida.
Se há uma casa,
um riacho meia-luz
e dois beijos,
um pra ir,
outro pra chegar,
é só entrar e ficar.
A vida vira
roda gigante
de só amar.