Me Sinta!
Eu sinto!
Tuas mãos em mim,
como um veludo que desliza,
manso e meigo,
amorosamente.
Você, teus olhos nos meus
me dizendo que a dor da paixão
avassala teu corpo,
arde qual acha de madeira
na lareira acesa ao lado...
E que, nessa quentura...
no calor febril e delirante,
entonteces,
até que grite
que me ama,
pra depois,
em magma escaldante,
numa explosão de luzes,
morra em mim
e me guarde
adormecida
no calor
de teus
braços feitos.