Eu nem sempre consigo entender...
se vou, se fico... quero ir e ficar...
quero me perder na poeira
de teu batido chão,
encaracolar minhas tranças
de menina-mulher em tua terra.
Quero ir para de onde você veio...
que não fica no fim do mundo
e nem no início dele,
mas na metade de duas estradas.
Na bifurcação onde tem
uma pracinha colorida,
um presépio permanente,
orações e caminhantes
em procissão de hora em hora...
Quero ir para o lugar de onde você veio,
onde tem pipocas salgadas e algodão-doce
preparadas pelas mãos
de um pipoqueiro de fausta luz.
Não importa se implicam
com as guloseimas de crianças.
Quero ir para esta pracinha aconchegante,
com bancos vernizados e felizes,
onde alguém planta árvores e flores
por toda extensão dos canteiros,
bem cuidados, do parque...
Quero ir para me perder na poeira
deste parquinho de brincar...
que tenha escorrega e uma rampa de amar...
e um jardineiro que goste de ficar sozinho
em frente a janela conversando com flores...
dançando... e amando um girassol
que lhe sorri como o luar em tempo de cheia...
transbordante... de amor... ... ...
Quero ir... voar como pirilampo,
cabelos ao vento, atravessar a janela de vidro
e cair feito balão em cima de suas pétalas de luz...
Te quero!
Te amo:
eu também te amo.
Eu também te quero...
Quero mais de ti...