É como o sabor das especiarias
que dão um novo significado aos sonhos
que temos na mão e que, muitas vezes,
deixamos à beira do caminho.
Somos folhas secas sendo levadas pelo vento,
somos o próprio vento em suas brisas de tempestades
quando regamos o nosso caos.
Não sabemos sonhar com as estrelas,
nem estender a mão para uma delas tocar.
O que faz bela a vida é a poesia de parar,
descer da nave azul e, na escuridão total
- que pode assustar - olhar o céu
e contar a história de cada estrela.
É mágico.
É acreditar
que tudo é possível.
Que o asfalto da vida é longo, cansativo,
muitas vezes com incêndios na floresta
ou buracos em meio a tudo,
mas... nós podemos escolher,
se queremos parar e nos abandonar
a dor e ao sofrimento ou construir
um novo projeto, um novo caminho
para pisar a planta dolorida dos pés...
Na singularidade da vida
recebemos a dádiva das utopias
para sobreviver, para não desistir...
penso... que para alcançar o céu com a mão
e tocar a estrela com nosso sorriso de luz,
com nossa vida de flor toda colibri...