Quando nosso coração deseja algo
é porque já é real dentro de nós.
Também quis, um dia, rabiscar a linha do tempo.
E descobri, impressionada, que
ela já estava desenhada, rabiscada em mim.
Faz parte do meu ser.
Eu e o tempo.
A linha e eu.
Você e a linha.
Você e o tempo.
Sabe por que sei que já a rabiscates?
Porque é um desejo do passado, do ontem...
e hoje a linha do tempo já está lá...
caminhamos nela...
vivemos nela nossos sonhos...
Somos como as flores...
Temos um tempo de florescer.
É o tempo é agora.
Porque o ontem é hoje e amanhã.
Nós fazemos o nosso tempo,
independente do relógio,
das métricas que o homem inventou
para medir o tempo.
Somos raios de luzes, faíscas iluminadas
que cruzam a escuridão do universo
como um cometa imprimindo nele nossas digitais...
Na linha sem visgo somos eu e você...
mesclando nossas cores...
misturando nossas tintas...
criando espaço para sobreviver,
do tempo viver...
E, sabemos, um dia tudo irá desaparecer...
É quando o tempo se eterniza.
O relógio para.
Mas nós seguimos... sendo, vivendo...
e, peço, que nunca chegue o tempo do fim...
que estejamos, juntos, sempre indo...
como eternos, como amor
que se renova todos os dias
do tempo do tempo.
Que se amplifica,
que se amplia,
que se transforma
para trazer encanto um ao outro.
Que jamais percamos
o dom da vida, da paz, do amor.
Que o amor seja sempre
nosso objetivo, nossa prioridade...
nossa eternidade...
Também já fiz a minha linha do tempo.
Sem improvisos de felicidade.
A felicidade não se improvisa, se vive, se sente...
Não há como improvisar...
Mas... podemos improvisar
momentos tão especiais
para viver essa felicidade,
sem horas marcadas,
simplesmente vivendo
o que nosso coração almeja... nós!
Eu, você: um
(2+2 olhos de amor)!
Isso!
Nessa nossa mistura
eu também já aprendi
que a hora é a de sempre.
A hora de amar.
Não se move
e nem há mais
o que resolver: é!
Acredite!
Eu te amo!
E, a resposta não é do tempo,
porque o tempo morre no suado vento,
mas nós não.
Então, a resposta, somos nós.
Na linha do tempo, ele vem de fininho...
é um fio, um fiozinho de prata
que separa o tempo de ontem com o de hoje
e o infinito que nós rabiscamos.
E, mesmo em meio a tudo,
mesmo que os deuses pedintes do tempo
quiseram nos separar...
não o conseguiram.
Por isso, temos uma certeza:
quando esse tempo chegar não haverá
mais beijos de despedidas...
serão beijos de infinito...
pois nossos tempos já estão misturados
para toda eternidade de luzes...
Eu te amo, tanto, tanto:
eu também te amo!
Eu te quero, tanto, tanto:
eu também te quero!
Eu te beijo: infinitamente...
eu te beijo: eu também te beijo...
agora... no rabisco
de nossa linha sem visgo e fim...