É assim que os homens matam almas
e ferem vidas a ponto causar feridas
que gangrenam e não saram mais.
Quantas pessoas magoadas,
feridas por flechas certeiras
de homens que só pensam em si,
no dinheiro, nos bens materiais.
Não são capazes de um carinho,
de um abraço, de um olhar de amor.
Quantos, em nome da gfória,
em nome do poder decepam mãos,
cortam braços ou mesmo as pernas de alguém
que caminhava sempre em frente.
E quantas aves canoras são abatidas
em pleno voo pelas flechas venenosas
desses homens que só procuram
a glória de si mesmos?
É assim que aves feridas tombam ao chão
e não conseguem mais voar.
Perdem suas asas, talvez para sempre.
Também já vi aves bordando o céu e depois,
zoando em torno de si mesmas
numa queda mortal pela flecha
de um olhar de inveja, de ciúme
ou de raiva, ódio.
O mundo é mesmo um antro
de morte matada e morrida.
Não tolde o voo de alguém,
ensine a voar...
Não mate uma ave pequenina
em seus primeiros voos de vida,
acolha e lhe mostre como pode abrir suas asas
e alçar alturas inimagináveis.
Sou ave que voa porque
um dia você me deu asas...
poderia ter me matado ali,
antes mesmo de saber que tinha penas...
mas brigou três tempos para que eu acordasse
e olhasse que não tinha só penas,
tinha asas prontas para o voo...
É assim que os homens
fazem almas mortas viverem...
a zoada é uma dança para a vida...
o alvo o céu de eternidade de luzes...
Voemos juntos. Somos um.
O Poeta e sua Musa.
A Musa e o seu Poeta.