Sinto!
Tuas mãos me desfolhando,
pétala por pétala...
enquanto me visitas com teu corpo
e derramas sobre mim o teu cheiro...
Com teu toque...
me abro inteira pra você...
desnuda e rosada
em busca de tua onírica paisagem...
Então me visita amor,
no dia da minha solidão...
quando os dias e as noites
serão portais para tua chegada em mim...
me visita amor para que saibas como estarei...
no domingo... quase virando segunda...
te espero... ou me esperas
para me desenhares
no banco do passageiro d
o teu aide-de-camp afobado
e o lápis de nanquim
com o pote encantado de tinta
para minhas arestas pintar...
redesenhar... cortar fora
a casca que me cobre...
e minha alma desnuda beijar...
e dormir rocha, sobre ti,
por toda eternidade.
Quero você.