Só tenho bilhete até o meio do caminho.
E vou... com minha mala de girassóis nas costas,
sem mapas da outra metade da viagem conhecer...
só a chegada final saber...
Vou levando "nada" em minha bolsa de viagem,
uma roupa para vestir, outra para tirar...
e minha janela do tempo,
porque quero por ela, cantar
e olhar o sol, nú de todas suas nuvens, névoas e peles...
e quero lhe falar... e o0 ouvir...
e ver... seus olhos... seu SENTIR...
preciso descobri, qual de minhas palavras tem mais poder...
para sua essência fazer corar...
seu céu enlouquecer...
sentir, com minhas próprias mãos, a vida a latejar...
para que eu aprenda aos seus raios, assim, assim, tocar, ferir...
com minhas palavras e, depois...
com muita piedade, sua dor... amainar... calar...