Maria
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Pássaros de Jaça

No infinito do tempo somos pássaros que voam ao delento

sem pressa e sem preocupação se seu voo vai para Leste ou para o Oeste,

para o Sul ou para Norte, deste os leve para a direção de si mesmos.

 

Nossos encantos às nuvens ao vento e aos céus de nossos olhares

de ânsias e procuras evidenciam nossas similaridades e nossas diferenças,

cientes de que, é nas similitudes e singularidades

que a vida se faz exuberante e vivaz

e que o aprendizado deste conhecimento nos permite viver

na partilha de um mesmo objetivo:

deitar-se e amparar-se em nossos próprios pés e caminhar juntos,

buscando sempre de novo, diuturnamente,

conhecer e enxergar nossa beleza interior e exterior,

a essência e a profundidade de quem realmente somos.

 

Somos pedras de jaça e é isso que nos confere valor,

que nos diferencia das outras pedras,

que nos permite somarmos nossas cores

e nos fundirmos numa joia de raro,

inusitado e inestimável valor.

 

Só assim, na busca de nos vermos, aceitarmos,

entendermos e compreendermos a nós mesmos

em nossas interioridades, certezas e incertezas,

em nossas loucuras e paixões

é que conseguiremos ter uma outra visão

de nossos mesmos:

somos a saída, em tamanha e tremenda imensidão,

de nossas perdas e tantas tristezas

capturadas pelas dores da vida.

 

Também aprenderemos que nossa perfeição está,

justamente, em nossas imperfeições

e que, ao compreender e aprender com elas (con)viver,

não há mais por que destruir e criar feridas

em nossos próprios corações.

 

É assim que nosso propósito de só amar

nos permite encantar com nosso voo de eternidade

em nuvens e ventos que nos conduzem ao delento

de paz na imensidão de nossos seres de luz.

Maria
Enviado por Maria em 02/11/2022
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