Trago no peito um candeeiro,
que aceso foi pela fada madrinha
num tempo que não é de hoje.
Trago no peito a luz de sua mágica,
puro encanto, por sua luz.
Se vou lenta em minha caminhada,
se tropeço e caio em minhas trilhas
tenho mãos que me erguem
por sobre a minha dor
e se fazem bálsamo para acalentar amor.
Não creio que esperar seja a coisa certa.
Acredito que devo esperar indo...
Essa é a verdadeira esperança,
a espera que avança,
que não fica parada,
estagnada à beira da estrada.
A direção eu pergunto
à minha bússola de mão.
E ela sempre aponta
para meu próprio coração.
É lá que mora o meu amor
que, silencioso, faz retumbar
o seu bater alucinado,
ecoando em si, em seu escutar
o retumbar de amor e paixão
de um menestrel, que feliz,
dirige a orquestra
que toca violinos em meu corpo,
em meu, aquietado,
(in)lúcido, e apaixonado coração.