O amor é a partilha de nós mesmos
enquanto espinhos e enquanto pétalas
de um novo desabrochar.
O riso da alma desabrochando nos olhos
e nas mãos de piano, me dizendo:
eu te amo e já não me contenho mais dentro do peito.
Preciso sair de mim e me aninhar em ti,
na urgência de viver e sobreviver,
de poder respirar você,
seu cheio inebriante.
Fica em mim.
Fica.
Não domine os impulsos,
não controle nada,
deixa apenas fluir...
Fique.
Apenas fique.
Me ame.
Apenas me ame.
Como um menino
que corre pro meu aconchego, me ame.
Também não quero ficar longe.
Então me ame, em meu infinito,
no meu caminhar lento,
de pequenas descobertas
que ainda não sei lidar.
Não sei o que dizer, fazer,
mas me ame mesmo assim.
Na lentidão dos meus passos
de amor e entregas,
essas em que te imploro
por você, tua essência de ser,
me ajuda a entender,
me diz o que fazer,
me guia com tuas mãos
leve as minhas até você
me diz onde escrever meu poema
sem olhar, sem ver, escrevo,
em braile, escrevo, desenho...
escrevo @mar... amo amar você
amar... meu mar de amor eu amo...
eu amo amar você...
De: Maria