Eu quero sim, amar, falar desse amor. Você me conhece como ninguém. Sabe até como bate meu coração. Anda por dentro em meu sangue e conhece a sua pulsação, se vai rápido, se para se acomoda ou se está dormindo. Tua mão está sempre segurando a minha e eu te tenho abraçado com meus dedos do coração.
Olho para ti na minha janelinha de mão, ou por esta claraboia de espiar o mundo.
Eu te amo e não quis lhe ferir com minhas palavras. Eu só não consigo esconder as coisas que me passam. Talvez a sinceridade não seja a estratégia perfeita, mas para mim é.
Você mesmo me disse: maria, eu não quero que você mude. Se está brava diga, esperneie, grite, se está triste chore, fale, não esconda. Eu só não quero que percas o controle, você me falou.
E eu tento mudar mesmo assim, porque vejo que preciso. Mas não sou alguém que esconde o que pensa, sente. E você é igual a mim, por isso enfrenta guerras com o mundo ao redor.
Eu só quero ficar perto, poder escrever poesias porque, além de querer te fazer feliz elas me fazem bem. Elas me ajudam - quando escrevo me sinto bem, me amo, me entrego... E tenho perdido todos os medos de falar o que sinto, penso. Perdi o medo de viver e já não penso mais em morrer. Faz milênios que quero viver e tenho, de fato, sido eu mesma.