Feridas se abrem a efemeridade dos adeuses,
sem palavras, sem sentido,
quando a alma se eleva em êxtase
e se guarda em seus segredos
em lápides silenciosas,
ruminando ânsias eternas de vida.
É quando se abre e as prende,
a alcova da eternidade num céu
que convulsa o nada
que se faz entre a luz e o ouro,
duas metades que se encontram
nesse temporal de caos
que só conhecem os que amam.
É o início de uma nova estrada,
um campo coberto de relva
e um céu bordejado de luzes,
onde a simplicidade
de duas chinelas de palha
se juntam num caminhar
que atravessa o tempo
rumo a nossa eternidade.