Maria
Prosa e Poesia
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Textos

A efemeridade dos adeuses

Feridas se abrem a efemeridade dos adeuses,

sem palavras, sem sentido,

quando a alma se eleva em êxtase

e se guarda em seus segredos

em lápides silenciosas,

ruminando ânsias eternas de vida.

 

É quando se abre e as prende,

a alcova da eternidade num céu

que convulsa o nada

que se faz entre a luz e o ouro,

duas metades que se encontram

nesse temporal de caos

que só conhecem os que amam.

 

É o início de uma nova estrada,

um campo coberto de relva

e um céu bordejado de luzes,

onde a simplicidade

de duas chinelas de palha

se juntam num caminhar

que atravessa o tempo

rumo a nossa eternidade.

Maria
Enviado por Maria em 01/12/2022
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