Ela voa na sua órbita há tanto tempo.
O rufar de suas asas melodiam sonhos
que remetem à ancestralidade
quando ambos vagavam,
duas asas, perdidas de si.
Hoje ela pousa em sua mão
e, na suavidade de suas asas
toca sua face num beijo
que sopra a eternidade em sua boca.
O mundo em outra dimensão,
a trama da pródiga vida
de forma indefinida
desponta liberdade.
De laços e nós,
eu também preciso,
para me abraçar em sua essência,
a essência de mim mesma,
como o mar que voa suas marés
em direção à areia
beijando cada pedra
desenhando
um mosaico de luz
no chão da solitária senhora.
*Se duas almas se encontrarem
que elas possam dar as mãos
e caminhar juntas na eternidade de luzes.