O Poeta diz que procura outras vidas para se consolar
pelo sabe encontrar dentro da alma de quem diz amar.
É latente no encontro dessa procura a reflexão que faz
sobre quem é e quem "somos" com quem encontrou.
Se percebe envolvido nos meandros e dores de vida daquela estrela
compreendendo as dela e as suas fragilidades e procuras.
Para sua alma, a simbologia das palavras que ela lhe entrega
lhe dá alento e o faz perceber a volatilidade das coisas
e o eterno sentimento que os leva a um patamar
onde se vê a paz e a dor, numa mistura que assola os homens.
Ele percebe que a única saída está dentro deles mesmos,
dentro de suas espiritualidades e sua paz.
O Poeta ainda diz que vive de buscas e procuras.
E que caminha mergulhado em suas dores e sofrimentos em busca de paz,
mas finaliza o verso dizendo a ela que a resposta
está dentro da espiritualidade e paz de ambos.
Por isso, talvez, talvez a fartura de bem querer não seja suficiente
para um coração extremamente ferido pela vida.
Se a vida só tem sentido para glorificar o amor
e em meio a tanta fartura ainda ouvimos lamúrias de partidas e dor,
talvez, talvez somos nós mesmos que já partimos
em busca do que ainda não temos.
E disso o poema fala.
Fala que já encntrou, mas se ainda restarem dúvidas, é desejo meu:
que o Poeta seja feliz, que encontre a si mesmo outra vez
e que um dia o som das correntes que o prendem
possam se transformar em suaves melodias
dando ode à vida e glorificando o amor
como diz a mensagem escrita na parede de sua caverna.