Maria
Prosa e Poesia
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Textos

Ventos Calmos

Jogue uma pausa em mim,

como âncora para firmar

meus pés doloridos do pisar

nas rodas do tempo.

 

Não sou malabarista de palavras,

nem me agasto perfilando

páginas de dicionários

que não explicam

as maldades dos homens

que tudo desejam morrer.

 

Somos reféns do tempo,

reféns das paredes

que nos separam

da crueldade que ronda lá.

 

Sejamos sóbrios.

Só agora sabemos

o que era dropar

nas asas do vento

e plainar asas

sem medo das alturas.

 

Mas o tempo mudou.

Uma tempestade hostial

e mortal chegou.

 

É hora de chegar

o barco ao cais.

Jogar com firmeza

sua âncora.

 

Fica firme no interior

do teu barco.

Espere!

Espere!

Espero!

 

Os ventos irão

voltar à calmaria

para, outra vez,

singrar tuas asas... 

Maria
Enviado por Maria em 11/12/2022
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