O que dorme em nós
ao cair das folhas com o soprar dos ventos
e quando os pássaros insondáveis
buscam refúgio na luz que esmaece?
Paira em nós o grito das estrelas
que ousaram rabiscar os pergaminhos do tempo
com o faiscar de novas e indescritíveis canções
que almejam revolucionar o mundo.
É o acordar dos semeadores de sonhos
que agora plantam suas sementes
na percepção de uma nova era,
de um novo momento longe das ferrugens da indignidade
e das prisões que a sociedade nos outorga.
Que a lucidez da liberdade nos alcance
em meio as nossas perguntas
e que mesmo as não respostas
nos permitam interpretar os mapas que construímos
quando ainda morávamos em outras constelações
e ouvíamos falar por nossos antepassados
dos caminhos que nos conduziriam a um novo mundo,
uma terra de reciprocidade de amor, esperança e paz.