Se há algo escondido na fundura das raízes,
se a alma não ouve só por ouvir,
nem sente só por sentir...
se o universo convida a caminhar
sobre as areias quentes e movediças do deserto
até um oásis encontrar,
se os sons das estrelas fazem o corpo retumbar
em três notas de um coração,
a alma despida de seus olhos atiça
o faro e o toque de pele para falar.
E de suas águas bebo o luar e o mel das nascentes,
em busca do calor do coração
que a felicidade esconde na dor de amor,
caminho veredas dantes inexistentes
ao encontro do teu alforje de floresta
que toco com as mãos sedentas
até extrair dele a generosidade das sementes.