Maria
Prosa e Poesia
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Textos

Um dia vivi, mente calcificada,

calcinada por angústias e temores.

Libertar-me dessa prisão de mim mesma

foi o desafio mais assustador, posto que,

a medida que me desfazia

dos nós dos fios que me prendiam,

me via no espelho e não me reconhecia.

Precisei, antes, dar-me a novamente me conhecer.

 

Desprender-se de si e avançar com asas

pela janela da alma levou incontáveis vidas.

Como diz o canto de Arana, a natureza traz

sua individualidade e caminhamos,

mãos dadas sim,

mas ameaçados por emoções

e angústias naturais da imortalidade.

 

O tempo passou e também aguardo novas conquistas:

subir a montanha e tocar - com paixão na ponta dos dedos -

seus picos mais altos, sentir o seu choro de névoa,

suas lágrimas escorrendo por entre a palma da mão,

receber meu beijo, guardado em suas terras,

num inefável enlace de um abraço de luz.

Maria
Enviado por Maria em 01/01/2023
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