Aquieto-me no silêncio
que nasce depois das batalhas.
Que a languidez do momento
permita-me sentir o que de mais belo há...
os olhos brilham com a força do poema
construído a quatro mãos
e a inocência da plenitude
que afasta as dores,
mas semeia saudades
de mais um nascer de sol
em nossas letras.
E a flor se abre para acolher seus raios
sobre a pétula orvalhada e sequiosa de luz.
Faço a travessia do tempo
tentando encontrar palavras
que falem por mim,
mas só sei sussurrar sentidos
no toque de pele,
enquanto tua música
desliza em minhas partituras
como os dedos do pianista
nas teclas de um piano em dor.