Sigo Costurando Preciosidades
Vou de poema em poema, vou...
lágrimas nos olhos pela emoção...
contemplando as palavras na parede
que dizem de minhas ausências e da falta sentida.
De poema em poema vou...
enquanto uns varrem saudades todos os dias,
outros varrem as casas ou as ruas de manhã...
Alguns alçam asas e voam distâncias
e nuvens em seus territórios de luz...
Eu, acordo minhas súplicas e preces
e ouso clamar pelo meu despertar em felicidades,
ao groelar das águas que despencam
de meus penhascos interiores.
Águas, que desejo sem adornos,
claras, puras e límpidas,
bem como meu coração e mente...
abertos para a luz...
E sigo... sabendo-me
em ausências sentidas,
costurando preciosidades,
em minhas madrugadas de luz...
Maria
Enviado por Maria em 03/01/2023