A manhã se faz destas horas do tempo
que o pensamento voa longe,
asas abertas,
contemplando a imensidão.
Na profundidade do tempo o silêncio,
e dentro dele a saudade
que o momento que passou deixa
todos os dias em nossa janela do tempo.
Fazem séculos que nossas
palavras se entrecruzam
construindo edifícios de luzes,
traçando sonhos e utopias de viver.
Somos qual pássaros em migração.
Ou fazemos parte daquele imenso balé
de borboletas monarcas
que migra
em busca de uma geração nova
que seja forte o suficiente
para resistir as viagens
em busca de calor e sonho
para continuar adiante.
Viajamos através do tempo
com nossas asas cansadas,
mas ardentes de vida.
E nos quedamos,
a alma apaixonada e embevecida,
quando o sonho chega
e nos permite aquietar
e acalmar mutuamente
de nossos voos migratórios.