Conheço a alma poeta
e as asas dessa bailarina azul.
Ouço o trinado do pássaro que pousa,
voz de entrega, gemidos roucos,
em seu olhar de fome,
sobre as linhas do meu poetar.
O vejo me olhando pela claraboia
de nosso céu em busca do vento
com cheiro de chuva
e do meu bailar em sua melodia
onde faço meu voo,
enfurecido e aflito de ânsias e sonhos,
para viver o infinito
deste balé de luz, amor e vida
que é estar nos seus braços
e dançar contigo, mãos de piano,
a música do rei, do imperador...