Não vivo nesse tempo,
dele não somos e disso já sabes.
Nesta sociedade estamos de passagem.
Nossa jornada não é de hoje
e não está amarrada aos ponteiros do relógio.
Nós fazemos o nosso tempo,
nós criamos o nosso espaço de viver,
nós podemos desenhar nossas estradas
e podemos determinar como queremos caminhar
por entre a multidão que se arrasta
na indiferença e no individualismo.
Somos nós que escrevemos
nossa própria história e ela não inicia hoje -
já é há longa data.
Há milhões de anos caminhamos no nosso tempo.
Sigamos juntos neste mar
sendo de um e de outro a calmaria e a tempestade de calor
mesmo em meio ao contexto frio, morto e indiferente.