E quando meu canto se enreda,
ávido,
nas turbulências da melodia,
a alma desliza, aberta,
afoita de ânsias
em busca de teus oceanos
que exalam, desejosos de mim,
águas e espumas
rendilhadas de paixão.
Teço a teia que te prende,
abro a cortina da janela
para que o vento entre
com teu perfume embriagador.
Nas olheiras da noite,
me entrego - Poesia -
a ti, amor.
Ilumina nossa dança
faz de mim
teu Poema-Canção
e me conduz
pelos salões de nossa vida
com o ritmo de seu amor.