Um dia, não mais poderia morrer pelas coisas...
pois nem saberia como me desinventar...
enquanto vivo...
tenho a ilusão de que vivo por algo
(há um amor escondido em mim).
E me pergunto se cada ente
não inventa um inevitável refúgio
(o meu é o sentimento que não cala)
que faz viver e querer...
Eu sei.
Um grito pela madrugada é sempre um grito,
mesmo se for no silêncio da (in)reciprocidade:
passa... morre... e no fim é o nada... mas...
Um dia, não mais poderia morrer...
enquanto vivo...
tenho a ilusão de que vivo por algo...