Também conheço a alma poeta
e as asas dessa bailarina azul.
Ouço o trinado do pássaro que pousa,
voz de entrega, gemidos roucos,
em seu olhar de fome,
sobre as linhas do meu poetar.
O vejo me olhando pela claraboia de nosso céu
em busca do vento com cheiro de chuva
e do meu bailar em sua melodia
onde faço meu voo, enfurecido
e aflito de ânsias e sonhos,
para viver o infinito
deste balé de luz, amor e vida.