(Des)inventar
E quem disse que quero me (des)inventar?
Deixar de orvalhar sonhos,
ou calar a minha voz
no silêncio da (in)reciprocidade,
no fim do nada, do (a)colhimento...
Tenho em meus pra dentro um refúgio,
que me guarda relicário enquanto vivo,
enquanto não poderia morrer,
enquanto durmo na (in)certeza da lua,
no vento que, triste, balança a ramagem,
que movimenta sombras na terra
e inaugura a lágrima em mim...
Maria
Enviado por Maria em 11/01/2023