Fragmentos de Alma
Não sei mais onde abrigar minha alma fragmentada.
Não há mais portas para entrar por elas –
só encontro portas para sair e ir-me
para longe de quem me feriu de espinhos...
Já não sei mais o quanto cabe
numa noite insônia, de chuva caindo dos olhos.
O que há no fundo da minha retina?
Talvez a palidez e o luto dos pensamentos,
a dor de ser ré quando não fui eu
a errar injustamente com o outro.
Não sei mais onde abrigar minha alma fragmentada.
Não há mais portas para entrar por elas –
só encontro portas para sair e ir-me
para longe de quem me feriu de espinhos...
Maria
Enviado por Maria em 12/01/2023