São tão pobres os meus versos.
Tão frágeis do todo que me habita,
tão rasos em razão dos sentidos
que se acotovelam pra sair de dentro da alma
e acabam fazendo um entrevero,
em meu portal de flores,
um congestionamento tão grande
que a alma fica muda,
estateada ao chão,
colhendo fragmentos de palavras
que os poetas jogam
para tentar compor uma canção,
uma poesia, desenhar uma nota
para expressar todo amor...
São tão pobres os meus versos
pecam pela insuficiência em falar,
pela ausência de beleza e do inusitado
que te ronda no universo das estrelas.