Tempo de cisternas secas
Andei um tempo de cisternas secas
e inflorescências nos remos das mãos...
Joguei fora o cinzel e cismei
por baús cheios de nadas
que pudessem me esconder de mim mesma...
Anoiteci e me fechei em portas e cadeados
por pura convicção de assim
me prender ao sem sentido da vida...
Foi então que o sol me achou.
Viu minha escuridão e voltou
seu facho resplandescente de luz
para acordar meu riso e alegria de viver...
Ainda não entendo o todo da generosidade
e grandeza da vida, mas sinto suas asas
abertas em meu coração...
Maria
Enviado por Maria em 13/01/2023