A noite acende candeeiros
e a fome de palavras.
O pote cítrico e translúcido de versos
jaz caído sobre o tampo da mesa
enquanto a alma balbucia amor ao Sol.
Aguarda o cinzel das madrugadas (in)lúcidas
e o florar da estrela que perde o rumo
ao ouvir o toque do saxofone
anunciando o sarau da paixão.
Que saudade de um abraço querido,
de resgate de almas que se veem
nas neblinas da cotidiana luz.
Traço um poema na noite
que acorda candeeiros
e a fome de palavras...
enquanto o sax anuncia
o início de um sarau de paixão.